Carreata em louvor ao padroeiro dos motoristas
São Cristóvão
Pouco mais de 60 veículos participaram da procissão em homenagem ao santo
Padroeiro dos motoristas, São Cristóvão foi homenageado ontem por motoristas profissionais e órgãos de trânsito, com uma missa, no Santuário de Fátima, seguida de uma pequena carreata pelas vias de Belém. A procissão teve pouco mais de 60 veículos, entre carros, motos e ônibus. Na ocasião, também recebeu homenagens um dos organizadores do evento, que morreu no dia 1º de abril deste ano, Antônio Valente, um dos ex-diretores da União dos Chauffeurs do Pará (que ainda conta com 149 associados). A missa e as orações dos participantes pediam calma, fraternidade e segurança no trânsito. Essa foi a 98ª procissão. Mesmo com muitos dos organizadores já mortos, as famílias prometem manter a tradição.
A procissão saiu do santuário às 9h30. O percurso começou pela avenida Duque de Caxias e passou pelo centro comercial de Belém. Em frente ao antigo prédio de O LIBERAL, na avenida Boulevard Castilho França, sirenes prestaram homenagem ao padroeiro dos motoristas. Na avenida Almirante Barroso, mais um parada, no cruzamento com a avenida Júlio César, onde há uma praça com uma grande imagem de São Cristóvão. Em frente à empresa de transporte Nova Marambaia, mais fogos e buzinas. A romaria terminou na sede do Serviço Social do Transporte (Sest) e do Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Senat), onde também há uma estátua do santo. A todo momento, os motoristas buzinavam e acendiam os faróis. Motociclistas mostravam o capacete.
O ministro Giuseppe di Marco, que conduziu o momento religioso da carreata, explicou que São Cristóvão trabalhava ajudando pessoas a atravessar um rio. Um dia, um menino pediu que ele o ajudasse a atravessar e el colocou o garoto no ombro (como é representado na imagem), mas sentiu que a criança estava ficando muito pesada. São Cristóvão disse para o menino que sentiu estar carregando o mundo nos ombros. O menino respondeu que não se tratava do mundo, mas do dono do mundo. 'Ou seja, ele teve contato direto com Deus. Por volta do ano 205 da era Cristã, ele foi crucificado por um imperador. Cristóvão também quer dizer ‘portador de Cristo’. Como ele transportava pessoas, se tornou o padroeiro dos motoristas. E o exemplo dele deve ser seguido sempre. Hoje falta Deus no trânsito e em toda a sociedade. Nesta procissão, vamos pedir que São Cristóvão nos ajude a ter uma sociedade mais fraterna e justa', comentou.
O diretor de patrimônio da União dos Chauffeurs do Pará, Raimundo Dias Nascimento, de 78 anos, disse que já conseguiu duas importantes graças de São Cristóvão no trânsito, como escapar de acidentes. Por isso se tornou um devoto. Ele dirige há 51 anos e diz que de uns tempos para cá, o trânsito ficou perigoso é se agarrar com Deus e São Cristóvão é cada vez mais necessário. 'O trânsito está abandonado. Os órgãos que deveriam educar mais e criar soluções, não fazem outra coisa a não ser multar. Então continuo pedindo graças e proteção a Deus e a São Cristóvão. Estamos na 98ª procissão e eu sou um dos que vai manter viva essa tradição da tradição', disse
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